Avoada #4
auxílios luxuosos | 16 de março de 2024
Estamos chiques, meu povo!
Nesta quarta edição, Avoada comemora sua primeira parceria: me junto à Editora Expressão Popular para celebrar a vida e a obra de Ruth First, tema de livro lançado pela casa em 2023.
E tem mais: Jorge Wakabara assume as picapes por aqui!
Produtor de conteúdo e jornalista, com passagem importantíssima pelo jornalismo de moda, Jorge é meu amigo de décadas & infinitas aventuras. Fiz justa propaganda de seu blog em Avoada #1, e é em seu melhor espírito investigativo da cultura pop que ele nos brinda com sua presença em um texto inédito.
Boa leitura!
nem uma bomba há de calar
A vida e a luta de Ruth First por uma África do Sul livre do apartheid
Você sabe quem foi Ruth First?
Até semanas atrás, se respondesse que sim, eu estaria mentindo. Nunca tinha ouvido falar. Mas isso mudou com a leitura de Ruth First e a luta contra o apartheid sul-africano, da Editora Expressão Popular.
Pois eu te digo: dona Ruth foi uma mulher extraordinária.
Nascida em 04 de maio de 1925, em Joanesburgo, na África do Sul, Ruth acumulou credenciais. Foi jornalista investigativa, socióloga, professora universitária, pesquisadora, escritora e militante comunista, com uma produção prolífica de reportagens, estudos e livros. E mãe de três filhas. Eu sei lá como ela dava conta.
Acima de tudo, Ruth First marcou a história da África do Sul por seu aguerrido ativismo contra o regime de segregação racial que dominou o país durante chocantes 46 anos, de 1948 a 1994.
E sua dedicação à causa acabou por lhe custar a vida. Em 17 de agosto de 1982, aos 57 anos, Ruth foi morta na explosão de uma carta-bomba enviada por agentes do governo sul-africano ao seu escritório na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, no Moçambique, onde vivia exilada com a família.
O livro, publicado como título do mês de agosto de 2023 no clube de leitura da Expressão Popular, traz sete textos escritos por Ruth, selecionados de forma a dar uma mostra da diversidade de sua produção. São reportagens jornalísticas, discursos, reflexões acadêmicas e capítulos de livros:
“Pretória conquistada pelas mulheres!” (1955)
“O escândalo do trabalho rural” (1959)
“A África do Sul hoje” (1961)
“Da Carta pela Liberdade à luta armada” (1968)
“Exércitos para a revolução?” (1970)
“Os limites do nacionalismo” (1974)
“Os mineiros moçambicanos: um estudo sobre a exportação de mão de obra” (1977)
Que o homem branco é dominante, não há dúvida. Mas isso, diz o argumento, é porque ele é civilizado e superior, não porque é branco. Todo um folclore de mitos e lendas para justificar o racismo foi se formando ao longo dos anos, e os contos variam de acordo com o narrador e o público. (“A África do Sul hoje”, p. 94)
Outros conteúdos incluídos pela Expressão Popular nessa edição brasileira ajudam o leitor a entender o que foi o apartheid, de que modo o regime se insere na história mais ampla da África do Sul e suas interseções com a trajetória de Ruth First. Da seção “Cronologia” tomo emprestadas informações para um brevíssimo panorama do assunto:
> O apartheid foi oficialmente instituído na África do Sul quando o Partido Nacional assumiu o poder, em 1948. Entre as leis racistas implementadas estão: a proibição do casamento inter-racial, em 1949; a categorização de toda a população maior de idade em grupos raciais, com a delimitação das respectivas regiões de moradia, em 1950; em 1953, a segregação da educação oferecida com base na raça e a determinação de locais públicos (hospitais, praças, ônibus) específicos a cada grupo racial.
> Ao longo de todo o período – cabe repetir: quarenta e seis anos de uma política de Estado fundamentada em pura supremacia branca em pleno século XX – não faltaram protestos, levantes, manifestações, campanhas de desobediência e articulações para fazer frente ao apartheid. Destaque para o papel desempenhado pelo Congresso Nacional Africano (CNA) e por seu braço armado, uMkhonto we Sizwe (MK). Sabe quem integrou o CNA e o MK? Sim, Nelson Mandela.
> E sabe quem, junto com Mandela e tantos outros nomes, colocou-se na linha de frente do combate ao regime? Uma mulher branca, judia, de classe média, filha de pais imigrantes do Leste Europeu e membros fundadores do Partido Comunista da África do Sul: Ruth First.
Ruth tinha 23 anos quando o apartheid foi estabelecido. Já acumulava um histórico de militância política, aguçada enquanto estudava Ciências Sociais na Universidade de Witwatersrand. Foi lá que conheceu figuras como Mandela, Eduardo Mondlane (volte uns parágrafos e repare no nome da instituição onde ela foi morta) e também Joe Slovo, membro do CNA e MK que viria a ser seu marido.
Em 1955, Ruth integrou o comitê de redação da Carta pela Liberdade, documento que, em meio ao apartheid, exigiu direitos iguais a todas as pessoas e estabeleceu diretrizes para um novo projeto de país. Disponível nesta brochura comemorativa de 2005 feita pelo Ministério da Educação da África do Sul (em inglês).
Lá estava Ruth entre as 156 lideranças políticas que, em 1956, o regime sul-africano deteve e acusou no chamado “Julgamento por Traição”. Após mais de quatro anos, todos os réus foram absolvidos.
Em 1960, na esteira do Massacre de Sharpeville – quando a repressão da polícia sul-africana a uma manifestação pacífica deixou mais de 60 pessoas mortas –, Ruth foi banida, impedida inclusive de ser citada em público. Três anos depois, novamente presa, passou 117 dias na solitária. Seu livro sobre a experiência, 117 Days, ajudou a chamar atenção da comunidade internacional para a situação na África do Sul.
Ruth e a família partiram rumo ao exílio em 1964, primeiro na Inglaterra, depois no Moçambique. Nem por isso afastou-se dos estudos sobre o continente africano e da luta contra o apartheid. Assassinada em 1982, não viu o fim do regime segregacionista nem a eleição do amigo Nelson Mandela à presidência, em 1994.
A morte de Ruth causou comoção, arrastando mais de 3 mil pessoas ao funeral em Maputo. Foram muitas as homenagens, como este concerto do pianista de jazz sul-africano Abdullah Ibrahim que cito do material complementar produzido pela Expressão Popular em função do livro. Agradecimentos à editora por permitir o compartilhamento em Avoada (abaixo em arquivo PDF)!
(Ainda desse material, vale demais navegar pelo projeto Biografias de mulheres africanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.)
Se quiser saber mais sobre Ruth, além do livro discutido aqui, um caminho é o Ruth First Papers, do Institute of Commonwealth Studies, que disponibiliza um acervo digital de seus cadernos, livros e reportagens.
Outras fontes interessantes:
South African History Online, um repositório sobre a história e a cultura sul-africanas;
Mozambique History Net, site que reúne farto conteúdo sobre a morte de Ruth First, o contexto em que se deu o atentado e as repercussões pelo mundo;
A coletânea Ruth First: escritos selecionados, disponível para download gratuito no site do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social.
Para fechar, a tradução livre de um trecho da fala de Nelson Mandela enquanto presidente do CNA, em 1992, nos dez anos da morte de Ruth. É possível ouvi-lo proferir o discurso aqui (a partir de 4:25) – o modo como ele pronuncia o nome “Ruth” é todo próprio.
Um encontro como este deve não só prestar homenagem a quem perdemos, mas também focar como tornar público o que aconteceu e quais estruturas ainda existem para que a violência possa chegar ao fim. [...] Façamos todos a nossa parte. A memória de Ruth First e de inúmeras outras pessoas que morreram para que possamos ser livres vive em nossos corações. Elas nunca serão esquecidas.





fonte das imagens
Capa de Ruth First e a luta contra o apartheid sul-africano — site da Editora Expressão Popular
Ruth First, Joe Slovo e duas de suas três filhas, em 1950 — Ruth First Papers
Ruth First e Nelson Mandela na África do Sul, em 1951 — International Center of Photography
Ruth First e o bispo Ambrose Reeves no South Africa Freedom Day Rally, na Inglaterra, em 1965 — Britannica
Ruth First e Winnie Mandela, sem data — Ruth First Papers
*Transparência ao leitor: ganhei da Expressão Popular um exemplar do livro citado, mas a produção deste conteúdo não foi remunerada nem passou pela aprovação da editora.
a fonte de todas as fontes
Desde 2010 existe na Internet um lugar chamado Fonts in Use. Nada menos do que um arquivo de tipografia com acesso aberto e gratuito, mantido de forma independente por um grupo de pessoas que trabalham na área.
A ideia é identificar (e, em alguns casos, destrinchar) a fonte utilizada em um determinado material, seja ele logo, peça publicitária, embalagem, capa de livro, cartaz de show, pôster de filme, panfleto político, jornal, revista, o infinito e o além.
Até o momento são singelos 26 mil materiais de todo o mundo. A pesquisa pode ser feita por tema, formato e tipo de fonte.
Para o pessoal do design é um paraíso. Para quem é leigo, vale a farra de descobrir a tipografia adotada naquele disco do coração, livro de cabeceira ou filme favorito. Matrix, Pulp Fiction, Bacurau, o logo das principais marcas – está tudo lá.
(Ótimo também para inspirar tatuagens, se você for de tatuagens. Fica a dica.)
Além de dar atenção ao blog – que traz postagens como a análise tipográfica do mangá Akira –, um bom exercício é ver como uma mesma fonte é usada de maneiras distintas. A Amelia, por exemplo, marca presença em mais de cinquenta materiais, de Aldous Huxley a Marina Sena, de Doctor Who a embalagem de fast food, passando por Badu, Bradbury e Bowie.
A Helvetica, então, reina absoluta: mais de mil usos.
E é impressionante como os livros de ficção científica e os filmes de terror arrasam na direção de arte! Vide o acervo referente a Stephen King.
Pois bem. Abaixo, como sempre, uma seleção feita por mim sem qualquer critério objetivo, baseada apenas no meu gosto pessoal. Faça lá sua própria curadoria tipográfica!









com que fonte eu vou?
The Ike & Tina Turner Show at Musikhalle Hamburg concert poster (1973, Alemanha)
Melancholy Elephants by Spider Robinson (Tor, 1985) (1985, EUA)
No Comas Porquerías (“Don’t Eat Crap”) infographic (2019, Argentina)
o fim da guerra fria e o sonho estadunidense de uma girl band soviética
Sim, eu sou uma cadelinha de girl bands.
Destiny’s Child. SNZ. Shangri-Las, que amo intensamente. Spice Girls, sempre. As Sublimes, com a atriz Isabel Fillardis e os megahits “Boneca de fogo” e “Tyson Free”. A japonesa AKB48 e suas inacreditáveis 134 integrantes, em 2018. Red Velvet, que vi no Primavera Sound, em Barcelona (confesso que prefiro Perfume, mas perdi o show do trio no mesmo festival).
De acordo com vozes da minha cabeça, faz parte da cultura gay (existe cultura gay?) gostar/idolatrar artistas mulheres, e a lógica me leva a acreditar que a coisa fica ainda mais atraente quando a ~indústria cultural~ junta mais de uma cantora no mesmo palco. Será que, no meu caso, tudo começou com As Melindrosas e Disco Baby Vol. 2, de 1978? Aquele em que Sula Miranda posa na capa ao lado de Yara, sua irmã, e Paula, que chamavam de prima mas na verdade era apenas uma aluna de violão da Gretchen?
(Bom, eu espero que você saiba que Gretchen é irmã de Sula e Yara. Seu nome verdadeiro é Maria Odete Miranda. Como ela virou “Gretchen” é assunto para outro texto.)
(E não, as vozes que você ouve em Disco Baby Vol. 2 não pertencem a Sula e suas companheiras de foto. Quem canta é Vivian Costa Manso, integrante de outra girl band ma-ra-vi-lho-sa chamada Harmony Cats, mais Tania Lemke – filha de Waldemiro Lemke, maestro da TV Paulista – e Sarah Regina, uma das rainhas da discoteca brasileira e responsável pela versão nacional da música de abertura do desenho Sailor Moon.)
Mas eu falei tudo isso para falar de outra coisa. Porque o tema deste texto é a canção “American Boy”.
Não é “American Boy” da Estelle, com participação de Kanye West, de 2008. Nem a faixa não lançada de Taylor Swift que, de acordo com os swifties, ela escreveu aos 13 aninhos. Nem a canção da, olha aí, girl band britânica Little Mix, de 2018.
A “American Boy” sobre a qual quero falar é uma música pop russa (!) lançada em 1991 (!!) por uma girl band chamada Кoмбинация – algo como “combinação”, em português. Para fins de eu não ter de copiar e colar o nome em cirílico, chamaremos de “Kombinaciya”, combinado? (Desculpa o trocadilho involuntário.)
Você reparou que, pela data, tem algo de muito interessante nessa história. E pode apostar que tem: 1991 foi o último ano da perestroika, marcado pela renúncia do então presidente Mikhail Gorbachev. Em 26 de dezembro de 1991, a União Soviética foi dissolvida.
A Kombinaciya era composta por mulheres que abusavam de minivestidos e minissaias. Mas ao contrário da maioria das girl bands, o grupo não era feito apenas de vocalistas. A formação original trazia Alena Apina e Tatiana Ivanova nos vocais, Svetlana Kostyko nos teclados, Tanya Dolganova na guitarra, Olga Akhunova no baixo e Julia Kozyulkova na bateria. Sim, uma BANDA!
“American Boy”, um dos seus maiores hits, é cantado em russo, com o título e uma parte do refrão em inglês. Traz o bom humor habitual das canções do grupo, uma espécie de crônica daquele momento. A historinha é simples: uma menina russa, no meio de todo esse contexto de fim da Guerra Fria, sonha com um rapaz estadunidense para salvá-la dali. Um “príncipe estrangeiro”! Claro, a ideia é viver no glamour norte-americano, rodando em uma Mercedes-Benz e tomando um “banho de luxo” – será que é uma expressão parecida com o nosso “banho de loja”? Rockefeller way of life!
O instrumental da música ainda é bem oitentista, apesar de ter sido lançada no começo dos anos 1990. Uma guitarrona faz um riff safado, quase roqueiro. A Kombinaciya tinha pouco a ver com o synth-pop de outros países, mas o tecladinho evoca o que nós, ocidentais capitalistas, ligaríamos a algo tipicamente russo, no sentido de folclore ou marcha marcial. Será que Svetlana fez de propósito?
Na verdade, nem dá para saber se foi ela quem tocou teclado na gravação, considerando a alta rotatividade de integrantes e a falta de informação sobre isso. O importante é que, de alguma maneira, a produção parece evocar o tema “Mãe Rússia querendo se afogar no sonho capitalista da música de alto consumo com uma cara moderna”.
O esquema de bandas pop russas como a Kombinaciya tinha muito em comum com o que a gente vê na música popular brasileira. Os discos não eram a principal fonte de renda. A pirataria chegava a ser estimulada para espalhar as canções na boca do povo, e os agentes precisavam correr atrás de shows para garantir os ganhos (algo como acontecia com os nomes do forró e do sertanejo no Brasil entre o fim dos anos 1990 e o começo dos 2000).
Shows dublados, então, eram coisa corriqueira. Quem sabe montar bandas clones para dar conta de uma agenda ainda maior? Isso gerava confusão, reclamação com artistas falsos no palco, fitas que travavam na hora da apresentação…
No caso da Kombinaciya, elas chegaram a fazer 72 shows em um mês, mas Alexander Shishinin, empresário da banda, recusava-se a entrar nesse modelo de bandas clones – que, dizem, era ligado à máfia russa.
Mais cheirinho de confusão: quando Alena Apina, a cantora principal do grupo, decidiu sair para seguir em carreira solo, seu marido e agente, Alexander Iratov, acabou apontado como incentivador da decisão que interrompeu planos de uma turnê da girl band nos EUA. Comenta-se que Shishinin, por sua vez, queria registrar o nome “Kombinaciya” como sua propriedade.
Em 1993, Shishinin foi esfaqueado na escadaria do prédio onde morava, em Moscou. Ele foi socorrido, mas não resistiu e morreu antes de a ambulância chegar. Autoridades apontam morte encomendada, com base no fato de que nada de valor foi levado no ataque. Segundo relatos, Sasha (apelido da vítima) falava de ameaças e estava com medo.
Iratov nega ser o responsável. E há outro suspeito. Shishinin queria cancelar o contrato de longo prazo do grupo com a produtora Lis’S, cujo dono era Sergey Lisovsky, alegando que o combinado não estava sendo totalmente cumprido. Sem que a dupla chegasse a um rompimento amigável, a briga gerava notícia nos jornais. A investigação, porém, não encontrou ligação entre Lisovsky e o crime.
Depois dessa morte a Kombinaciya continuou na ativa sob a gerência de Alexander Tolmatsky, mas não conseguiu manter o sucesso. Tatiana Ivanova, única membro original entre todas as formações, reuniu-se com Alena no palco em 2008 para comemorar os 20 anos do grupo. Até hoje Tatiana insiste com a banda.

espia
Este vídeo charmoso do New York Times que conta como Ed Sheeran e comparsas escreveram a música “Shape of You”, grande hit de 2017. Ainda no canal mantido pelo jornal estadunidense no YouTube, junto com essa série “Diary of a Song”, atenção à ótima playlist “Almost Famous”. São pessoas que flertaram com a chance da fama, mas... Não rolou.
Nos anos 2000, o jornalista Fred Melo Paiva escrevia no suplemento “Aliás”, do Estadão. Um bálsamo. Tanto que, décadas depois, eu me lembro de alguns textos. Um deles é este perfil de Boris, “o cão-guia que mudou a lei”. Aproveite a leitura aberta no antigo blog do Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS)!
Está com tempo? Esta longa reportagem do Nonada Jornalismo sobre pessoas escritoras e casas editoriais no Norte do país traça um panorama da cena literária independente na região. Foi escrita pela jornalista Nicoly Ambrosio e publicada em fevereiro deste ano. Um trecho:
“A visibilidade tem aumentado pouco a pouco, mas para a maior parte da população do Brasil, escritoras do Norte não fazem parte de seu horizonte de leituras ou mesmo conhecimento. Dei algumas aulas na Universidade Federal de Roraima (UFRR) de literatura e perguntava aos alunos que indicassem nomes de autores e autoras do Norte. Pouquíssimos sabiam nomear”, relatou [Sony Ferseck].
“a água sempre descobre um meio”, de paty wolff
2023
Nascida em 1989, na cidade de Cacoal, em Rondônia, Paty Wolff hoje vive e trabalha na mato-grossense Cuiabá.
Na obra acima, a artista une pintura acrílica e recorte manual sobre papelão. Mas são muitos os formatos e as linguagens pelos quais ela transita: ilustração, muralismo, cerâmica, escultura, instalação, literatura. Em 2022, seu livro Como pássaros no céu de Aruanda, da editora Entrelinhas, foi finalista do prêmio Jabuti.
Clique aqui para visitar o site oficial da artista. Você não vai se arrepender.
E é com efusão que eu recomendo um mergulho profundo nesta preciosidade chamada Projeto Afro, uma plataforma dedicada a mapear e difundir a produção artística de pessoas negras brasileiras.
Foi por lá que cheguei ao trabalho de Paty Wolff, e de lá certamente virão indicações mais nesta Avoada.
leva o meu recado pro espaço sideral! me ajuda a espalhar a palavra de Avoada?
até mês que vem!
fim.